quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quase Morte...

Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais! Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
Um frêmito me abala... Eu quase morro... Eu tremo!
(Safo)


Quando teu membro em transe me recebe,
Sugando meus vãos numa ânsia louca...
Sinto em meu corpo tua intensa febre
E a esse fervor me penso um tanto pouca...

Teu falo em fogo, em fúria, firme e forte,
Flamejando em meus flancos, frenesi.
Sou-te efeito túnel e quase morte,
Frêmito ardente, a fremitar por si.


Duas almas nucleadas em etéreo
Perfazem num instante um ano-luz,
Vagando sob as valas do Mistério...


Esquecem na Terra seus corpos nus
E desfraldando-se em mil planisférios
Espasmamos num Céu que em nós reluz...
Alessandra Bertazzo

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