Mormaço
Pálpebra pesada
Da janela sonolenta
pende a fuligem preta
O castelo de nuvens
tornou-se borrão
na vista cinzenta
Mormacenta e embaçada,
atmosfera lúgubre
precede a tormenta
Opaca letargia
vai escorrer
da vidraça
Eu choro
sempre que preciso
de luzes
Iriene Borges
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