domingo, 30 de novembro de 2008

Ao Sabor do Pensamento

O olhar cego começa um poema
desenha a trama.
Com mãos impolutas
despeja desejos

cria amores
e abandonos
em estranhos jogos
de memória

cogita
sangra
sonha interminavelmente

derrama sobre o papel
armadilhas inequívocas
do pensamento

Sorri
vertiginosamente
sorri até a exaustão
um sorriso marginal.

Etéreo
tece ilusões
e finda o poema.

Andréa Motta

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