Você anda, você ri, você escreve, mas você não me vê. Alimento seu trabalho com a leitura das páginas que você preenche com as palavras que já estavam aí no mundo, algumas antes mesmo de você chegar. Aprendo com você. Avanço com você linha a linha, página a página, passo a passo vou buscar o livro ou a fonte onde você se expõe. As idéias que nem sempre consigo expressar com a clareza muitas vezes encontro elaboradas em seus textos. Tento ao máximo citá-lo como fonte.
Por quê leio?
Por um desejo profundo de me comunicar.
Tão imensa essa necessidade que as palavras faladas são pouco; as palavras ouvidas são pouco; as palavras escritas são pouco; as palavras lidas são pouco; as palavras pensadas são pouco. Todas juntas dão algum resultado.
Ao ler, tudo vem do silêncio. Ouço a voz das palavras saltarem da aparência gráfica; seu coração feito montaria por seu laborioso uso da mão em favor da escrita.
Aqui identifico o escritor que você é dirigindo-se a mim. Eu, leitor que te identifico como escritor por que a ti me reporto.
Maria José de Menezes
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