sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Andréia Carvalho Gavita


.a pátria do tempo estoura os mapas alucinados. o tímpano recorda, infinito cabisbaixo. debaixo da areia o vento histérico e oco com mãos cheias de sopros sortilégios. ouço, não me deixo levar. além dos boatos deste norte barítono, castigado de misérias mentais, há a rouquidão da ópera soterrada. seus quadrantes de pausa solar no aneurisma da lua. a ópera mineral de uma estrela com sete corais no arco da íris. musicalmente escoada pelo astro-lábio da clepsidra. o único relógio que sigo. cardíaco, rítmico sideral.

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