Andréia Carvalho Gavita
.a pátria do tempo estoura os mapas alucinados. o tímpano
recorda, infinito cabisbaixo. debaixo da areia o vento histérico e oco com mãos
cheias de sopros sortilégios. ouço, não me deixo levar. além dos boatos deste
norte barítono, castigado de misérias mentais, há a rouquidão da ópera
soterrada. seus quadrantes de pausa solar no aneurisma da lua. a ópera mineral
de uma estrela com sete corais no arco da íris. musicalmente escoada pelo
astro-lábio da clepsidra. o único relógio que sigo. cardíaco, rítmico sideral.
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