*pensava na musculatura em queda de anjos. no desequilíbrio
de suas conjunturas quando os recém nascidos compreendem o mundo, depois de
anos imunizados pela ilusão de um cordão prateado que os nutre diretamente do
céu ou do inferno. naquele momento quando se conscientizam e respiram a
topografia de um território sem guias. nascer é sempre a compreensão de que se
é responsável pelo seu destino. não são os fármacos, os deuses, os pais, os
tiranos ou os caridosos. nem a sobra ou ausência deles. nascer é dizer: sou eu.
bendito ou amaldiçoado por si mesmo. acho belo assim... quando os anjos se
dissolvem nos coágulos da "mea-graça".
andréia carvalho gavita
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