segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O Absurdo Banal



Não se dorme mais
para que o tempo pare,
os sonhos não nos atormentem
enquanto a angústia corrói.

Respira-se, é fato!
Mas não mais aquele ar de antes,
do anseio pelo eterno
da coragem de olhar pro sol.

O que ainda vive é um mecanismo
que oscila entre o neutro e o absurdo.
O rastejar nas possibilidades
repletas de "impossíveis..."

Morrer jamais será um fim
Claro que não! Sabemos
O mundo só se contenta
se observar a putrefação

E então alguém olha
aperta o nariz com as mãos
cheirando o hidratante da vez
E comenta: Que podridão!

Alessandro Jucá (15/12/2019)

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