segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Na madrugenta solitude inquietaram-se os silêncios . Deitaram mão na face da modorra o risco de uma idéia de manhã,era só uma nuvem perdida velando uma parida arrastando-se  na escora áspera dos muros das mansões carcomidas.
Devorando velhos fantasmas de sonhos de valsas  sandias. Só o tempo sabe quando falecerá a esperança que ora espeta o coração.
Rabugenta insensatez
A solidão inquieta deitou-se na madrugada margeando  as navalhas das sombras , bordejando boates até que as cicatrizes da manhã revelassem  rubras estórias.
Solidão é assassinada quando compartilharam na deteriorada prisão de um quarto de motel.




Wilson Roberto Nogueira

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