Árvores caem pela cidade como um obscuro sinal.Esta, já podada pelos bombeiros, parece um polvo gigante mutilado de seus tentáculos, ou um Polifemo cego,ainda bêbado, entregue ao poder do vento. Ou , quem sabe, uma deusa insegura, corroída por dentro por uma infinidade de dúvidas, mínimas, mas potentes, capazes de derrubá-la, estupefata, no mar sem ondas do asfalto.
Vincenzo Scarpellini, Folha de São Paulo
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