Minhas mãos tentaram lhe segurar.
Pois pequeno imaginava que poderia.
Consegui colocar o sol atrás das nuvens.
Em um dia de muita quentura.
Minhas mãos construíram castelos.
Capturaram besouros rinocerontes.
Brincou com as borboletas com delicadeza.
Afagou o rosto e os cabelos de mainha.
Minhas mãos estão grandes e marcadas.
E ainda tento lhe segurar sabendo não poder.
Peguei com elas Beija-Flores e Libélulas.
Ferramentas, tijolos... Empurrei carros.
Mas nunca consegui lhe capturar.
Nem por um instante em toda minha vida.
Tempo danado e arteiro.
Sempre foi mais ligeiro...
Que minhas mãos.
Marcio Gleide Nunes dos Santos
Curitiba-PR 23/10/2016
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