Dentro da noite, que é um antro de bruxarias,
o teu sorriso audaz de feiticeiro
e o meu temor supersticioso.
Abro os braços num gesto de esconjuro,
mas tu, bruxo insolente,
não temes essa cruz, como o Demônio.
Trazes, pelo contrário, para ela,
para a extasiada cruz impaciente,
o sortilégio dos teus olhos cor de treva,
a magia negra das tuas mãos sacrílegas,
e o filtro misterioso do teu beijo...
um poema de Ada Maccaggi (1906-1947:)
(Ímpeto, Curitiba: Feira do Poeta, 1995)
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