Pensei “sol” o dia inteiro. O sono só chegou de madrugada e
você entrou no meu sonho com o mesmo silêncio antigo que era seu caminhar
diante de mim naquele espaço onde te via. No sonho você atravessou uma plateia
pequena de um teatro pequeno e ignorou o palco e as pessoas. Meu olhar te
acompanhou, embevecida. Alguém sussurrou que teu nome era Élio, sem H. Não sei
como, mas, no sonho eu sabia que era sem H. Só tinha que ser Élio, Hélius. A
personificação do sol. Então eu sorri e em seguida acordei e fiquei triste.
Queria seguir teus passos dentro daquele sonho, para onde você fosse. Queria
que, displicente, deixasses cair tua mão. Eu a tomaria, jamais a soltaria, ia
seguir mãos dadas com o sol, Élio. Você. Que sabe que eu gosto de te chamar com
outras quatro pequeninas letras – mantra que eu amo.
Bárbara Lia da série "Somnu"
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