domingo, 29 de junho de 2014

Respirar

Do veludo de minha voz
Umas calças pretas mandarei fazer.
Farei uma blusa amarela
De três metros de entardecer
Maiakovski
Maiakovski vestia o céu sem cerimônia
Entardecer nos ombros - sua blusa amarela
O infinito atado à flauta de suas vértebras
A derramar delírios e sonhos pela Nevski
Tudo queimava em beleza revolucionária
E até hoje seu canto incendeia os poetas


Bárbara Lia - in Respirar (2014) no prelo

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