segunda-feira, 30 de junho de 2014


flagro-te bruto tosco
digo, chulo, baixo feito um
diabo se afogando em latrina
de banheiro público
percebendo-me o açougueiro
(a medicina segue medieval
em alguns procedimentos)
de tua carne sem selo de garantia
devo agir rápido
um, dois talhos e vejo
o que tens, chechelento
desengana-te a ácida escória
da doença que entranhas-te
mas te acalma, esta poesia
que agora escutas com os olhos

são as vozes do remédio
Luiz Felipe Leprevost

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