Perder o nunca tido,
isso tenho perdido.
Areias, dedos, firo,
Faro, fúria, ímpeto.
Fera envolta em linho.
Feroz, em desalinho.
Choro, quando brinco.
Brinca, meu destino.
Brinca, o que há de ser,
sem ser tudo, brinca.
Brinca o desdizer.
Brinca o revelado.
Brincando, o clandestino,
lábio inflamado.
Brinca, o que não é,
pinçado entre as sombras,
caminho não nomeado,
futuro assombra,
segundos antes, de ser passado.
02/12/2005
Julio Urrutiaga Almada ,Do Livro dos Silêncios - Editora
Corifeu - 2006
Leia mais no Blog Beira do Caminho:
Nenhum comentário:
Postar um comentário