De Mara Paulina Arruda
Tive que fechar a janela. O vento não parava de soprar as
cortinas que batiam no vaso de flores que tenho na mesinha de centro. Estava
lendo um livro. E o ser humano. O que é o amor, pergunta a autora deste livro.
As correntes de ar. Puxa vida, puxa sentido um livro desses, não é mesmo? Diz
as teorias cabais registradas nas páginas dele que parece um rio que deságua
numa cachoeira de tirar o fôlego! Agora mesmo após ler os dois primeiros
capítulos fiquei com falta de ar e fui obrigada a abrir novamente a janela. E
enfrentar o vento. Ainda bem que o tempo é meu amigo, e conjectura, fazendo
menções às sementes secadas por mãos idosas sem descartar a interferência de
mãos jovens, com toda a sua beleza, com suas unhas bem pintadas e enfeitadas
por anéis. Inquietação é próprio do vento e de seu modo de ser que, depois de
ver essa explanação, digamos metafórica, reinicia o farfalhar das folhas deste
livro que se transforma nos meus sonhos em árvores florescentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário