segunda-feira, 10 de junho de 2013

Luiz Felipe Leprevost

nada demais. o dinheiro faz bem. quis ficar a sós comigo. nem medo. que tipo de homem? não sou a ideia que fazem de mim. não é nenhum segredo. o segredo. vai, morre. o dinheiro corrompe. seu lábio, tremendo. quantos rostos tem o rosto? por que você não vem aqui e soca a minha cara? a cicatrizes não desenvolve a ferida. vou morrer no meio da frase. isso, avacalhe comigo. a língua pegando fogo. o dinheiro não faz bem o que faz. o que você quer dizer com vejamos? o que você finge como ninguém? tenho cara de ser bom de coração? isso, ria do inimigo. vou desabalar. sou eu quem tenho minhas ideias? despisto deus quando o assunto é você. quando o assunto é você qualquer um se sente bosta. chore no meu velório. chore onomatopéias. chore guturais. vem. me arranque a boca. agora está com vergonha. que máscaras são? por que não usar? cicatriz. esta lengalenga enoja. levanta e sai. não me envergonho me colar a seus pés. chuta minha cara. só a minha boca não foi devolvida.

...


me ajoelhei para beijar seus pés. quando o chute acertou minha boca, ainda pude ouvir os pés dizendo “Deus o abençoe”.

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