quarta-feira, 5 de junho de 2013

Luiz Felipe Leprevost

os caras chegaram pra me cobrar. eu não tinha a grana. então pague com serviço, disse um deles. que tipo de serviço, eu quis saber. apague o Ramón pra gente. e se eu não fizer?, provoquei. aí quem vira presunto é você, apontou a arma pra mim. ok, eu faço, me resignei e completei, só tem um problema. qual?, quis saber o Feioso. eu não tenho uma arma, respondi. Púlia, dá uma arma pro rapaz. Aí o Púlia me deu a arma. está carregada?, perguntei. claro que está carregada. então dei dois tiros. um no pescoço do Púlia, e outro na fuça do Feioso.


*este texto foi publicado pela primeira vez no meu livro de contos Inverno dentro dos tímpanos, pela Kafka edições, do maninho Paulo Sandrini.

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