Haviam alguns velhos...
No meio do aldeião...
Todos com carapuças...
Alguns meio símios...
Um deles andava por entre vasos ornamentais...
Confundindo-se, ele mesmo, com as lamparinas ilusórias...
Os demais, o viam apenas no seu pigarrear...
Outros dos velhos, faziam das marteladas em pedregulhos uma espécie de dentada memorável, onde saboreavam o passado...
Mais que ferramentas...
Os martelos tornavam-se órgãos vitais em seus punhos....
Abaixo de seus super cílios abriam-se cabanas diminuídas
Onde moravam em suas lembranças...
Mesmo suas lembranças...
Desembocavam num pensamento inexistente...
Eram reflexos furtivos, de devaneios extintos no passado...
Projetados agora em um evento ilusório...
Assim...
De suas orelhas um tanto quanto deformadas...
Saíam violões...
Tocando melodias tristes...
Melancólicas e úmidas...
Onde podia-se associar idéias, como alguém que diz:
“- Ontem, todos os meus problemas pareciam tão distantes...
Eu acredito no ontem...”
Eram cordas moles...
Que saindo do violão desciam na água...
Em poços artesianos...
Onde pombos sossegados amoleciam também...
Por horas...
Não conseguiam permanecer nem dentro, nem fora das casas...
As vezes, não sabiam existir...
Porém, também não sabiam não existir...
Eram como visões...
Visões deles próprios...
Que nos gramados secos...
Costuravam seu sono...
MOsiah Schaule
sob a luz das Trevas
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