Ele dorme o sono dos ladrilhos, cimentos, petis paves;
recosta a cabeça no tredo chão
respira ratos de shoppings centers
cagadas de lan-houses, lojas,games,grifes
e etecetras modernosas;
tem o carinho das lesmas e dos cuspes
recosta sua cabeça nas pegadas do fórceps cidadão
e aspira a apnéia do abandono.
Ele tem o sono do chão e dorme
sonha as vitrines da pústula bancária
e seu acordar é um banquete sem pesos nem medidas
rarefeito no self-service dos mensurados
lacaios de deus, jesus, maomé, lula, bill gates etc etc.
Contudo,
ele sonha !
com a moeda, com o tênis, o cobertor, o crack, a cola e
com o pai e a puta que lhe pariu!
Ele como eu tem a pele do concreto
e contraiu a lepra da boa vontadade;
toda escrotice desfila,
ululante poça vomitada do novo mundo.
Ele dorme e minha mão não o afaga...
(talvez é digno)
o lúcifer da esperança o consola
por entre as pocilgas estouvadas
seu acordar é fenda lôbrega dos high-tecs.
Sim,
ele dorme
na masmorra do futuro
reboco da própria espécie!
- Bom sono amiguinho,
Pequeno Príncipe da sordícia
Tullio Stefano
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