domingo, 26 de julho de 2009

Ao Sabor do Pensamento

O olhar cego começa um poema

desenha a trama.

Com mãos impolutas

despeja desejos

cria amores

e abandonos

em estranhos jogos

de memória

cogita

sangra

sonha interminavelmente

derrama sobre o papel

armadilhas inequívocas

do pensamento

Sorri

vertiginosamente

sorri até a exaustão

um sorriso marginal.

Etéreo

tece ilusões

e finda o poema.

Andrea Motta

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