Alexandre França
A atmosfera de chumbo
Que respiramos agora
Suspira febre neblina e
brasa
No recorte do ar sobre
nossas
Centelhas de desgosto.
Quantas matilhas
sangrando
Em nossos braços?
Quantos dentes perdidos
Nesses corpos e no nosso
Estômago?
Vermelha é a cor do raio
x
Impiedoso que a noite faz
Pela manhã
E eu não vejo nada além
De luz e de suas
Nuances impossíveis.
Não há doença
Sob os olhos do
amanhecer.
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