terça-feira, 11 de junho de 2013

Alexandre França

A atmosfera de chumbo
Que respiramos agora
Suspira febre neblina e brasa
No recorte do ar sobre nossas
Centelhas de desgosto.
Quantas matilhas sangrando
Em nossos braços?
Quantos dentes perdidos
Nesses corpos e no nosso
Estômago?
Vermelha é a cor do raio x
Impiedoso que a noite faz
Pela manhã
E eu não vejo nada além
De luz e de suas
Nuances impossíveis.

Não há doença

Sob os olhos do amanhecer.

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