Alexandre França
Há este sujeito de boca
aberta do tamanho de nova iorque
A sujeira do asfalto
desenha "venha"
E ele vai criando as
patas necessárias
Para apagar a estrada
inteira
Polenizada com o sangue
Que ainda não derramou.
Suas rugas latem nos
espelhos
Do tráfego da capital.
Suas mãos seguram apenas
Os dedos que caem livres
E renascem frouxos.
Não há responsabilidade
Em seu sorriso e
Nenhum carro foi capaz
De atropela-lo.
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