terça-feira, 11 de junho de 2013

Alexandre França

Há este sujeito de boca aberta do tamanho de nova iorque
A sujeira do asfalto desenha "venha"
E ele vai criando as patas necessárias
Para apagar a estrada inteira
Polenizada com o sangue
Que ainda não derramou.
Suas rugas latem nos espelhos
Do tráfego da capital.
Suas mãos seguram apenas
Os dedos que caem livres
E renascem frouxos.
Não há responsabilidade
Em seu sorriso e
Nenhum carro foi capaz

De atropela-lo.

Nenhum comentário: