"Porque o azul de um poema é como um sistema propulsor
de voo para os pássaros e borboletas". Assim penso a rara substância, cara
seiva composta de matéria onírica, liberta e sugestionável que segue e infringe
delicadamente as leis internas responsáveis pelo funcionamento de um poema.
Azul é a cor de um poema por toda a amplitude sensorial que esta cor fere nas
águas do olhar, caminhar de lagos que ela sugere ou mesmo signifique quando
desavisados um céu no mar ela nos pisque e amplifique... penso que escrever
poderia muito bem ser um suor da alma, algo imprescindivelmente necessário ao
bom funcionamento deste estranho e frágil mecanismo feito de ossos e carne
pulsante que volta e meia não se conforma em ser apenas o que é e, merecida ou
imerecidamente, sonha ir além."
(Fernando Koproski)
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