sábado, 1 de junho de 2013

"Porque o azul de um poema é como um sistema propulsor de voo para os pássaros e borboletas". Assim penso a rara substância, cara seiva composta de matéria onírica, liberta e sugestionável que segue e infringe delicadamente as leis internas responsáveis pelo funcionamento de um poema. Azul é a cor de um poema por toda a amplitude sensorial que esta cor fere nas águas do olhar, caminhar de lagos que ela sugere ou mesmo signifique quando desavisados um céu no mar ela nos pisque e amplifique... penso que escrever poderia muito bem ser um suor da alma, algo imprescindivelmente necessário ao bom funcionamento deste estranho e frágil mecanismo feito de ossos e carne pulsante que volta e meia não se conforma em ser apenas o que é e, merecida ou imerecidamente, sonha ir além."

(Fernando Koproski)

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