quinta-feira, 18 de julho de 2013

Chá para as borboletas




Janela _ espelho meu.
Fragrância de almíscar selvagem
me violenta.

Menino com aura violeta.
Jovem com juba desgrenhada.
Velocidade lenta.

Garganta do poço este túnel
cinza, onde trafego dias.

Penso na infância, sombra
dos eucaliptos, recanto secreto

onde eu servia chá às borboletas.


Bárbara Lia

(A última chuva _ Mulheres Emergentes / 2007)

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