William Teca
quando eu fazia lá os créditos de meu mestrado, tive um
grande amigo, o olavo, que é angolano, que só tinha duas grandes
peculiaridades: ele gostava de tomar conhaque às sete da manhã, e apanhava da
mulher (porque bebia conhaque às sete da manhã), graças ao olavo, conheci um
povão africano que veio estudar por aqui - tudo gente boníssima (mas bebiam
pacas e era sempre melhor estar à frente deles, na fila do r.u., pois se eles
chegassem antes, era perda total). minha família é de imigrantes (meu avô veio
da sicília, caiu em minas e depois veio cá para o norte do estado). creio, que
assim como eu, boa parte das pessoas que conheço, tem um pezinho na senzala ou
na imigração. vi, à pouco, uma postagem a respeito de um haitiano que foi
segregado no ônibus, o que me deixou envergonhado desta porra de cidade. e,
quanto a mim, que nasci aqui, mas dou bom dia, creio que quanto mais
miscigenação, melhor.
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