Esta lenda foi contada por dona Jussara Pereira, uma senhora
indígena, ex-moradora da cidade de Ibirubá no Rio Grande do Sul e que me
autorizou a postar a história na Internet.
Há muitos anos, no Rio Grande do Sul, existia numa aldeia
uma índia chamada Jurema, que deu à luz a um bebê chamado Cauã. O problema é
que os anos se passavam e o menino não crescia. Então a mãe do garoto rezou
para Tupã:
- Tupã, por favor, faça com que meu filho cresça!
Este deus falou:
- Para atender o seu pedido é necessário um sacrifício de
sua parte:
- Você deve jejuar três dias. Após isto junte sementes de
mil flores e abra um buraco na terra. Depois jogue estas sementes com um pouco
do seu sangue, neste buraco e em seguida cubra o local de terra. Após isto, seu
filho crescerá em sete dias os centímetros que deveria crescer em sete anos.
Não se esqueça de voltar ao mesmo local para agradecer a graça depois.
Assim, o milagre aconteceu e o garoto cresceu. Quando Jurema
voltou ao lugar, viu uma árvore enorme e chamou a planta de Ibirubá que
significa pitangueira do mato que está sempre em crescimento. Deste jeito, Tupã
disse à índia:
- Daqui há vários anos, neste local, surgirá uma cidade com
o nome de Ibirubá, a pitangueira que você batizou.
Dizem que o primeiro nome que a cidade de Ibirubá teve foi
Colônia Barão de São Jacob. Porém, mais tarde recebeu o nome de General Osório,
mas isto causou confusão com o nome de outra cidade. Então passou a ser denominada
de General Câmara, porém isto também gerou problemas. No final da década de 30
um membro do IBGE viu a pitangueira do mato da lenda, ficou encantado e sugeriu
o nome de Ibirubá à cidade.
Luciana do Rocio Mallon
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