o jovem mórmon
desce a rua de bicicleta
e vai de porta em porta
pregando seu paraíso
bestial ja que na contenda
entre o bem e o mal,
qualquer fantasia serve
para animar o carnaval.
a hera cresce no muro
e as horas escondem
o rosto incerto do futuro
enquanto este azul
ferinamente belo
fere minhas retinas,
dá vida a cada gesto
de meninos e meninas,
compõe a paisagem
de minha cidade sem esquinas.
e o futuro
talvez seja
um deus
há muito entediado
de tudo e de todos,
há muito desiludido
com o homem e seus engodos,
talvez seja um poema
que nao deu certo,
algo nem muito longe
nem muito perto,
a meio caminho entre
o oásis e o deserto
Fernando Freire
Goiânia, 24/07/2016
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