sexta-feira, 15 de julho de 2016

Trigonometria do teu corpo



Reticente me embriago
no improviso do teu canto
E no imprevisto do afago
Sonho a lua prateando
os ângulos do teu corpo.
Entre a brisa e o vento
na linha divisória do tempo
teu sorriso acelera os batimentos
Me embriago sem anticorpo
no improviso do teu canto.
Lua, lua lua
embebida miopia

e eu tão tua. 

Andrea Motta

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