Eu não tinha mais que doze anos quando peguei gosto pelas
palavras. Foi assim uma paixão infantil, que passou a juvenil, até chegar à
fase balzaquiana. Quando a palavra adquiriu aquele status de elegância só
apreensível aos deserdados de pudor. Hoje me vejo com ela nesta nova pueril
idade, em que as coisas começam a ser revisitadas para adquirir mais sabor.
Faço dela minha guia, faço dela meu laço. Cada palavra agora faz parte de um
encalço, deste labirinto torto que quanto mais adentro, quase nunca me caibo.
[assis freitas]
in revista “entreVerbo” #11
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