Ela saía sempre no raiar do sol
Suas pestanas queimavam de alegria
Entre flores mortas e absurdas
Deixara pra trás o seu único vestido
Roto amassado em cima da mesa
O vestido escrevera mais histórias desbotadas que a canção
de um poeta sem lágrima
No dia em que anunciaram uma tempestade
Sumira
Vestígios foram encontrados no rastro de suas rosas
Aquelas ali, embotadas num pano carmesim
que deixei expostas no meio da sala
Por Wagner Bezerra Pontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário