domingo, 1 de fevereiro de 2015

Lenda da Rosa Canina


Reza a lenda que na Idade Antiga, num certo reino localizado na Ásia, havia uma aldeia onde os deuses tinham formas de animais e o cão era o deus principal. Lá, os cachorros de estimação tinham um cemitério exclusivo para eles e os seus donos levavam rosas, todos os anos, nestes túmulos.
Um certo dia, subiu ao trono uma rainha que desejava acabar com o politeísmo e fazer com que o povo adorasse um só deus que não tivesse forma de bicho. Então ela destruiu o cemitério de cães e proibiu que seus donos levassem rosas lá. Por isto baniu a plantação desta flor no reino. Assim os guardas da corte levaram os restos dos animais, que estavam enterrados no campo-santo, até um deserto. Mas um dos soldados espalhou para o povo onde os bichos foram colocados.
Quando os donos chegaram ao local, notaram que o deserto não existia mais e que um jardim cheio flores, jamais vistas, tinha tomado conta daquele lugar.
De repente surgiu um anjo, no meio do jardim, que disse:
- Eu sou o querubim guardião dos cães de estimação, posso garantir que todos eles estão no céu e que esta flor foi feita, pela natureza, especialmente para homenagear estes animais. O nome dela é rosa canina e ela tem poderes mágicos. Deste jeito o dono de um cão que morreu, quando sentir vontade de escutar o latido do bicho que desencarnou, basta encostar o ouvido nesta flor que ouvirá o tão desejado som.
Desta maneira surgiu a rosa canina, uma flor medicinal capaz de curar resfriados e problemas de pele.
Alguns espanhóis quando visitaram a Ásia deram de cara com este jardim e pegaram as mudas desta planta. Anos mais tarde, eles trouxeram a rosa canina para o Chile e hoje ela cresce na encosta dos Andes.
Alguns místicos aconselham as pessoas que tiveram um cachorro de estimação, que morreu, a cultivarem este tipo de flor. Pois, segundo o esoterismo, se elas colocarem seus ouvidos nela poderão escutar o latido dos seus bichos que já partiram. Segundo certos magos a flor canina representa a ligação do céu dos cães com a Terra.

Luciana do Rocio Mallon      

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