domingo, 21 de junho de 2015

● depois de todo esse amanhecer meu sancho ●
● basta caminhar entre macieiras entojadas de maçãs ●
● maças maduras e podres q caem como agua da chuva ●
● caminhar ate q o peso cesse e os olhos se acostumem ●
● porq tão longe meu sancho o mar parece uma mulher ●
● sempre muito nua sempre muito louca risonha e nua ●
● mordendo maçãs como quem passeia por um campo ●
● sempre plantado inda não satisfeito com a colheita ●
● apodrecendo por esquecimento doença ou desalento ●
● sem olhar covas rasas sem mirar isso bem demais ●
● como se tudo e mais fosse apenas o q toda coisa é ●
● passagens onde cães e gatos se dissolvem sem saber ●
● mas não ha campo nenhum meu sancho nem mulher ●
● nem maças podres ou tão maduras q seja so das moscas ●
● sem abelhas e sem mel depois da ruina e da destruição ●
● não meu sancho não ha mesmo nada em nada disso ●
● mas o q ha é muito pior q um campo de maçãs podres ●
● um campo de macieiras abandonadas antes do deserto ●

*
alc

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