um verso que fosse o universo
e ao mesmo tempo nada
porque caminham juntos
de mãos dadas
perdidos quais andarilhos
de um trilho sem fim
fosse a autora feita de abismos
e não haveria dia
a noite trajada de negro
devoraria a multidão insone
que caminhão e não lhe sabe para onde
mas como pressentir a queda
e se livrar desse poço sem fundo
chamando mundo
Rafael Walter, edição do autor, 2014
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