três da manhã, silêncio sepulcral, então, súbito, uma voz
quebra o silêncio: "ai amoR, ai amoR, assim, amoR...", e por aí vai.
durante dias permaneceu a incógnita sobre quem protagonizara tal ato - ficamos
todos à espreita, esperando madrugadas e madrugadas, o momento exato do
"ai amoR...". a vida se tornou mais animada, as conjecturas também,
até que, tão súbito quanto começou, acabou; há, talvez a coincidência da
mudança de um certo casal, na semana passada. enfim, o mundo voltou a girar e,
nós, na nossa mediocridade periférica, voltamos a falar uns dos outros, e o
maldito sabiá voltou a ter voz por estas plagas.
William Teca
Nenhum comentário:
Postar um comentário