“Metade dos nossos erros na vida nascem do fato de sentirmos
quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir.”
(J. Collins)
A sombra do que fomos não faz nem sombra. Na tez cinza, do
rosto que posso lembrar, encaro o cotidiano da fotografia como um espelho.
Espelho de bisturis e estiletes que te rouba o sorriso e a face, nesses dias em
que a única maneira de suportar olhar para dentro, é fingir que só vês o que
está la fora. Nesses dias em que me lembro: Aquele nosso futuro é coisa do
passado.As cascas do tempo, a sombra das árvores, o doce maduro dos teus olhos
que me ensinaram algo de mim mesmo.Morri muitas vezes, mas a única vida depois
da morte, que me aguça a febre dos sentidos, era a turbulência plácida de roçar
teu corpo pretendendo invadir com loucura, o som inexplicável de nosso
silêncio.
Julio Urrutiaga Almada do Livro Caderno de Ontem
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