Um bebê abandonado na lixeira implorando braços
Quer as tetinhas de um mundo que só existe no papel
quando o sol se aproxima e queima a pela ele pensa que é
papai erguendo-o
quando aprende a desejar mamãe torna-se chuva de verão
Um bebê que pula do galho fugindo da ditadura de deus nas
alturas
Que anseia o colo farto de uma sinceridade que só vem antes
de uma queda
Tirado e retorcido em algum noticiário onde a primeira lição
já foi aorendida
Posto na incubadora de hipocrisia coletiva ele aprendeu a
sonhar como deus
Redson Vitorino
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