De Mara Paulina Arruda
Ao abrir a janela o vento espalhou os seus cabelos. Um gato
passava na rua. A noite estrelada de Van Gogh foi a lembrança que veio ; um
cipreste balançando em frente de uma cidadela distante. Ao fundo círculos em
branco e amarelo sobre o azul escuro. Ali, naquele apartamento, não era uma
tela. Era o breu. Era a vida. Não havia estrelas. Só o céu carregado de nuvens.
Os cães acuando ao longe, pareciam estar pedindo perdão.
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