terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Borboleta da Poesia Espetada no Quadro do Destino



A borboleta da suave poesia
Voava pelo misterioso jardim
Suas asas batiam com maestria
Num magistral vôo sem fim!

Porém num dia cinzento
Surgiu um brabo caçador
Mal humorado e rabugento
Que pegou a borboleta com dor

Com a rede da realidade
Ele roubou esta borboleta
Somente por maldade
De sua alma xereta!

Com uma injeção de amônia
Ele feriu a borboleta da poesia
Em nome da realidade demônia
Ele brindou à depressiva agonia!

Ele espetou a borboleta colorida
No quadro do travesso destino
Fazendo da estrofe uma ferida
No seu próprio desatino!

Mas a borboleta tornou-se eterna
Com suas asas feitas de versos
E suas rimas doces e fraternas
Que não morrem em alfinetes perversos.

Luciana do Rocio Mallon

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