A borboleta da suave poesia
Voava pelo misterioso jardim
Suas asas batiam com maestria
Num magistral vôo sem fim!
Porém num dia cinzento
Surgiu um brabo caçador
Mal humorado e rabugento
Que pegou a borboleta com dor
Com a rede da realidade
Ele roubou esta borboleta
Somente por maldade
De sua alma xereta!
Com uma injeção de amônia
Ele feriu a borboleta da poesia
Em nome da realidade demônia
Ele brindou à depressiva agonia!
Ele espetou a borboleta colorida
No quadro do travesso destino
Fazendo da estrofe uma ferida
No seu próprio desatino!
Mas a borboleta tornou-se eterna
Com suas asas feitas de versos
E suas rimas doces e fraternas
Que não morrem em alfinetes perversos.
Luciana do Rocio Mallon
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