sábado, 25 de julho de 2015

Palco da vida


Quero fechar as cortinas, e por encanto,
abandonar tudo o que me pesa às costas...
recriar cenários, improvisar um canto,
em que leveza, alegria e paz sejam postas...
Lá fora, além do caos, o mundo alheio,
entretido, expectando o ponto alto,
não veja as peripécias, o arrodeio,
lento, com que monto e desmonto meu palco...
Não pretendo ao público arrancar o riso,
às custas do aplauso febril de minha dor...
sem maquiagem, figurino o mais preciso,
quero, na cena ápice, ser de verdade,
e no roteiro seguro do autoamor,
interpretar um só ato: a liberdade...


Luciana Nobre

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