No se puede contemplar sin pasión.
(Borges)
Remover do corpo as crostas do silêncio
tudo que é vivo e exposto grita
e gira, pela avenida
a dor se junta ao rumor.
Para chegar à clarividência
procura-se um ritmo, qualquer um,
que descompasse as artérias —
a vida enverga sobre a avenida
no peito só a voragem do eterno,
a fração do abalo sísmico,
desenha na mão cataclismos.
(poema de FRANCESCA CRICELLI, poeta paulista, nasceu em
Ribeirao Preto, é tradutora e pesquisadora. Seu livro de poemas Repátria foi
lançado recentemente, em agosto deste ano. Morou na Itália, na Espanha, na
Malásia e, por alguns meses, na Índia e no México.FRANCESCA CRICELLI está na
68ª postagem da série AS MULHERES POETAS...
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