descobri um novo boteco de esquina, bem ordinário, com mesa
de sinuca e ex-presidiários, com muita história pra contar, tem até um velhinho
embalsamado com sua eterna cachacinha com amargo; se houvesse uma biblioteca
por aqui, eu provavelmente nunca sairia da periferia - veja só: o carro da
pamonha, o carro do sonho, o carro do churros, o carro que arruma panelas, o
carro do produto de limpeza, o carro do peixe, o carro da laranja, só falta o
carro da cachaça - o que me lembra que alguns dos alambiques clandestinos mais
renomados, estão logo ali no sítio cercado - tive um conhecido que era garçom e
se ria disso, boa parte dos meretrícios nem se dá ao trabalho de ir pro paraguai,
servem o produto feito por aqui mesmo, daí o sujeito quer fazer uma média com
as gatinhas e compra um burbom que não passa de álcool um tanto hidratado e
aditivos. de qualquer maneira eu "si divirto", e prefiro a
pirassununga com mentruz mesmo. ah, sim, também há uns meretrícios por aqui,
dia desses eu falo a respeito.
William Teca
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