Lave uma boa porção de porquês
em prosa corrente
e reserve.
Com um lápis bem apontado,
separe as sílabas
de inconstitucionalissimamente
e tempere com interjeições emotivas
e tremas a gosto.
Após desmanchar o sal da terra
em águas de março,
leve ao fogo da paixão,
com todos os demais ingredientes,
até se consumar o tempo
e o sentimento do mundo.
Depois de pronta,
sente-se naquela mesa,
em companhia da amada amante
e é comer e amar,
que rezar, só após a digestão.
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador de Poesias,
noite dessas, na Lapa –
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