terça-feira, 7 de abril de 2015

ALTAR

As portas defecam gente
Saem de todo lado
Prédios postados rente
Às apertadas ruas
Lua, sol ou céu nublado
Pássaros apodrecendo
Carros correm guinchando
Seja manhã ou tarde
À noite gritam as luzes
Num aceno extremado
Dentro das casas, mudos
Só os objetos são sagrados.

Paulo Betancur



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