Paulo Bentancur
Ai daquele que não sente nada
diante da morte, flor bruta contra a indiferença.
Ai daquele que não sente nada
Diante da vida, pedra em floração.
Ai daquele que não sente nada,
nada, nada, nada, nada.
Assim se afoga em tanto
e sua cinza é sua brasa.
Um comentário:
Não sentindo nada é só procurar "coisas maiores", tais como uma linguagem perita da sinestesia corporalmente válida de sensações táteis monogâmicas ao lado.
Bom dia. Amor universal e consciência cósmica solidária. Não quero sentir nada hoje, estou uma pedra colorida!
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