sexta-feira, 24 de abril de 2015

você fabrica a noite mais sombria do ano
logo em seguida faz a coisa certa
você amontoa histórias
e acha que tem uma armadura
você espera que eu seja uma lareira
você ama
me tira de um lugar de gelo
sussurrando cantam as urticárias do corpo
me ensine de novo tente
dessa vez quero conseguir
volte pra cá
e essa noite branca vai embora de nós
não deixe a temperatura despencar
segure a minha mão
você ampara a frente fria
foi rápido e sem som
você comeu o violão
doeu
ou foi pior do que doeu?
não se sai do outro como se sai do banho


luiz Felipe leprevost

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