sábado, 25 de abril de 2015

Clandestino na cidade que cresci, por três dias andarilho a deriva, qual vagasse pelas areias das praias de Troia, com as tripas coladas às costas, tragando apenas do alumínio do amargor.
Quando já exausto, uns irmãos de sei lá qual igreja me oferecem a marmita do Jardim das Delícias.

Há tempos, eu e meus  desseseis  dentes, não éramos tão felizes.



Ricardo Pozzo

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