São búfalos debutando na joalharia (cacos
a estocar a farofa dos dias e seus afluentes).
São órbitas tecendo espelhos no selo em que
me esfacelo. Dispo esses remos para chamar
a poesia; abro a porta da noite para acolher
seu alfabeto. Ainda há luz no cais, nos barcos
que não partiram.Ainda posso escoltar a sintaxe
nos livros que o vento escreve.
SALGADO MARANHÃO
(Do livro Avessos Avulsos)
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