Sou um cabrunco de Campos,
Terra santa do Amaro
Santíssima do Salvador
Embrenho-me nos aceiros
Das preás e das serpentes
Trago meu corpo marcado
Por serras-folhas de cana
Que o fazendeiro sacana
Bebe o caldo e suga o sangue
Sou curumba estradeiro
Faço morada no tempo
Meu nome é tempestade
Meu apelido é relento
Sigo assim, tocado ao vento
Passarinho sem destino
Caminhante sem fronteira
Mato a sede nos brejais
Desta planície imensa.
E pelos canaviais
Vou curtindo a minha sina
O Paraíba é o meu rio
A Catedral é a fé
Que o povo reza pra deus
Traz o nome de Jesus
Santíssimo Salvador
Carrego a minha cruz
Com a fé em Nosso Senhor
Minha planície é o meu chão
Minha terra, meu rincão
Minha vida, meu amor!!
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Geraldo Aguiar
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