(Giovanni Chaim)
Sou poeta demais!
Se eu fosse menos poeta,
Poderia fazer poesias até melhores,
De um jeito mais certo.
Mas eu só carimbo o que sinto, nem penso.
Se eu fosse feito de aço,
Gravaria em meu metal,
A palavra: silencio.
Mas eu grito tanto... atoa.
Se eu estivesse de branco,
Eu estaria certo.
Mas eu estou de preto, eu estou errado.
(...)
Se eu fosse equilibrado,
Não cairia para nenhum dos lados,
Permaneceria reto.
Mas eu sou só incoerência e desequilíbrio.
Se eu fosse a água,
Seria a atração, e não o atraído,
O que trai, e não é traído.
Mas, apesar de transparente, sou sólido, não líquido.
(...)
É que se eu fosse de fevereiro, e não março,
Eu não seria o peixe,
Eu queria era ser o aquário...
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